Capitulo 60

Eu fiquei sem reação ao ouvir aquilo. Eu jamais imaginei o Luan dizendo que me amava. Pois durante anos ele me esnobou e me maltratou. Bem que dizem que o ódio pode virar amor, e talvez seja essa a situação. 

Percebi que ele ficou sem jeito ao ver que eu não reagi. Senti seu coração bater mais forte. Eu queria dizer que também o amava, mas talvez aquele não fosse o momento certo.
-Luan você deve estar confundido as coisas. – sai dos seus braços e me deitei ao seu lado- Você só está precisando de mim. E está confundido tudo.
-Não, eu não estou confundindo nada.
-Está sim.
-Não eu não estou.- ele se virou, ficando em cima de mim- Eu nunca tive tanta certeza de algo. Eu te amo Laura, e tenho certeza disso.- ele foi lentamente se aproximando até nosso lábios se encontrarem

 

Quando começamos a nos beijar, Luan pareceu perder o controle. Sua mão começou a passear pelo meu corpo. Sua mão já estava por dentro da minha camisola, apertando meu seio direito, quando ele se deu conta do que estava fazendo.
-Desculpa.- ele saiu imediatamente de cima de mim, se deitando ao meu lado- Droga.- ele respirava com dificuldade, assim como eu
Fui para cima dele, o beijando, para mostrar que também estava afim.

-Laura, desse jeito você vai me fazer perder o controle com você.- ele disse com certa dificuldade 
-Então perca seu controle.- sussurrei
Luan praticamente me jogou do outro lado da cama, me fazendo soltar um gritinho.
Seus lábios encontram os meus novamente. Seu toque me fazia arrepiar. Ele me prendia ao seu corpo, como se não quisesse me deixar escapar. Nossos beijos foram interrompidos quando eu tirei sua camiseta, e ele aproveitou para terminar de tirar minha camisola. Seu olhar percorreu meu corpo com luxúria. Ele foi logo procurando o feixe do meu sutiã, e com agilidade o tirou. Ele apertava, beijava, mordia e chupava meus seios, me levando ao delírio.
Ele começou a descer os beijos e as mordidas, até chegar na minha calcinha, que ele logo tratou de tira-la. O puxei, beijando sua boca novamente. Apoiei-me em seus ombros, e inverti nossa posição, ficando por cima dele. Beijei seu pescoço, e desci os beijos para seu peito nu.

Ele soltou um gemido rouco quando eu apertei seu membro, ainda coberto pela cueca, que em seguida me livrei. Luan foi por cima de mim, e se posicionou, entrando lentamente em mim. 

 

Nossos gemidos eram abafados com beijos. E parecia que nossos olhares estavam presos um ao outro porque não conseguíamos mudar o foco. Demoramos chegar ao ápice. E após isso, Luan me colocou deitada sobre seu peito.
-Eu não vou mais deixar você ir embora... Eu amo você.- ele pressionou os lábios na minha testa, eu sentia seu coração bater acelerado
O que eu mais queria era devolver esse eu te amo para ele, mas eu não sabia se essa coisa absurdamente forte que eu sentia por ele podia ser chamado de amor.
Dormi embalada pelos carinhos de Luan.
(...)
-Posso trazer ele pra dormir aqui?- Luan perguntou fazendo bico logo de manhã, assim que eu o acordei para arrumar suas malas.
-Depois que você me ajudar a organizar as suas roupas pode!
-Eu não quero ir, nem arrumar as coisas.- ele falou bravo e meio derrotado.
-Luan, você precisa ir!- falei acariciando seus cabelos.
-Não preciso não.
-São as suas fãs...
-Mas é o meu filho Laura, elas vão entender.
-Luan, vai viajar, o Matheus vai ficar bem.
-Eu tenho medo,,.
-Eu também Luan.- suspirei.- Mas o nosso menino é forte e vai passar por isso.- dei um beijo na sua bochecha.- Vem.
Mesmo reclamando o Luan me ajudou a arrumar a sua mala, e assim que terminou foi para o quarto do nosso filho.
-Oh Mãe, esse nosso filho é muito preguiçoso!-Luan falou voltando pro quarto carregando o Matheus "jogado" em seu ombro.
-Luan, não carrega o menino assim!- adverti.
-Carrego sim. Ele mando eu deixar ele em paz.
-Filho!-ri.
-Eu quero dormir mamãe.- ele reclamou assim que o Luan o colocou deitado na cama.
-Dorme aqui com o seu pai meu amor.- dei um beijo em sua testa.
-Ta.- ele fez bico e agarrou o pescoço do Luan, ficando por cima dele.
-Você quer lutar comigo ou dormir?- Luan perguntou rindo.
-Dormir papai.- ele falou manhoso, tentando esconder o rosto no pescoço do Luan.
-Dorme então.- Luan beijou a sua bochecha e ficou fazendo cafuné nele.
Deixei o Luan sozinho com o nosso filho, eu sabia que ele precisava disso.
Assim que me sentei para tomar café meu celular tocou, atendi sem ao menos ver quem era.
-ONDE VOCÊ ESTÁ?- Ela a afobada da Juliane.
-Estou muito bem.
-Amiga...
-Em casa Ju.- suspirei.
-Mas o Lucas acabou de fechar a porta na minha cara quando eu perguntei por você...
Tremi.
-Amiga. Agora, quando eu me referir a casa, vai ser a do Luan.
-O QUE?
-Menos Ju...
-Eu to indo ai...
-Não Ju, eu te ligo.
-Mas...
-O Luan vai viajar hoje, assim que ele sair eu te ligo.
-Ta.- ela suspirou.- Mas eu quero saber de todos os mínimos detalhes.
-Ok Ju...
-E o Matheus amiga? 
-Ele ta bem..
-Luan vai anunciar pra imprensa?
-Eu não sei Ju, provavelmente.
-Tem alguém batendo aqui. Me liga quando o Luan for viajar.
-Tudo bem.
-Fica bem amiga!
Desliguei, tomei meu café e fui para o quarto de Matheus, como não tínhamos muitas coisas na casa ainda, o quarto não estava tão bagunçado e eu o arrumei em poucos minutos. Voltei para o meu quarto com o de Luan e encontrei os dois assistindo desenho abraçados.
-Mamãe, vem assistir com a gente.- Matheus chamou assim que me viu. Sorri.
-Vem Lau.- Luan bateu no espaço ao seu lado e eu fui até eles.
Passamos a manhã toda juntos, mas enquanto as horas iam passando o Luan começou a ficar nervoso.
-Filho, vai lá buscar aquele pacote de bala pra gente comer vai?- pedi e ele saiu correndo.
-Eu não quero ir.- ele choramingou me abraçando.
-Eu já falei que vai ficar tudo bem Luan.
-Mas eu quero ficar com ele. Ajudar ele.
-Ele vai precisar de nós na quimioterapia e você vai estar junto.
-Eu queria estar sempre presente.
-É melhor estar as vezes do que nunca.
-Mas...
-Sem nada de mas, para de se torturar.- beijei sua testa e o Matheus entrou correndo.

‪#‎Lucas‬ ON
Eu estava inconformado, não conseguia aceitar que Laura tinha me deixado. Eu já sabia que isso iria acontecer um dia, mas não pensei que aconteceria tão rápido.
Eu estava me odiando por ter fugido do país e deixado ela. Se isso não tivesse acontecido ela nem teria conhecido ele.
Várias coisas se passaram pela minha cabeça. Inclusive, em acabar com o cantor, mas lembrei da doença de Matheus, e pensei em como Laura ficaria. Infelizmente eu não conseguia ser tão mal assim.

‪#‎Rober‬ ON
-Para de fumar cara, você tá acabado.
-Por que eu tenho que fazer a merda desses shows? Eu devia estar com minha família agora.
-Você tem que cumprir os contratos.
-Eu devia estar ajudando a Laura agora. E não aqui.
-Luan para de reclamar!- Dagmar disse
-PRA VOCÊ É MUITO FÁCIL, NÃO É SEU FILHO QUE ESTÁ COM CÂNCER!
-E se você não parar de fumar você também vai ficar.- ela tomou o cigarro da sua mão
-QUE INFERNO!
Eu apenas fiquei observando. Eu nunca tinha visto o Luan daquele jeito. Ele estava pálido, desleixado. Completamente acabado. Queria poder ajudar meu amigo, mas não conseguia pensar em nada para ajuda-lo.
Na primeira semana ele gritava com todo mundo, bebia e fumava bastante. Ele chegou até ameaçar bater em uma das funcionárias quando ela foi tentar consolar ele. Ele estava completamente revoltado, só se acalmava quando ligava para Laura e Matheus.
Passado uma semana, Luan ficou completamente diferente. Não falava com ninguém, nem comigo. Só respondia o necessário, e ficava no canto dele, sempre com um cigarro na boca. Além disso, proibiu o pessoal de falar alto na van ou no avião.
-Dagmar não tem mesmo como cancelar os shows? Olha só como o Luan está.
-Não tem Rober. E eu não estou fazendo isso porque eu quero. Você sabe que uma quebra de contratos é muito complicada.
-Mas ele está ficando doente Dagmar.
-Fala isso para o empresário dele. Por que apesar de parecer que eu mando, eu sou pau mandado aqui.
-E onde esse idiota está?
-De férias, na França.
-Precisamos dar um jeito nisso... E se a gente ligasse para o pai do Luan?
-Olha, eu posso não saber do que acontece por fora. Mas dá pra perceber que o Luan não tem uma relação muito amigável com o pai.
-Você tem razão. - bufei
-Mas agora vamos ter dois dias de folga. Quem sabe isso o ajuda.

‪#‎Laura‬ ON
-O papai vai chegar hoje?
-Vai sim filho.
-E a gente vai ir pra chácara?
-Acho que não filho. Você tem quimioterapia.
-Eu não gosto de ir lá.- ele disse se virando na cama
-Eu sei amor. Mas é preciso.- passei a mão em seu rosto
Matheus logo dormiu. Seu sono estava cada vez maior. Ele passava praticamente o dia na cama. Quase não se alimentava, e quando eu conseguia o fazer comer alguma coisa, depois ele vomitava tudo. Angelina e Ju sempre me ajudavam muito, principalmente diante dessas situações, porque eu não suportava ver meu filho daquele jeito.
Eu passava as noites em claro, não conseguia dormir. Ficava sentada na poltrona, observando meu filho dormir. E imaginando ainda quanto tempo de vida ele teria.

(...)

-MAMÃE. O PAPAI CHEGOU!.- Matheus gritou de algum canto da casa.
Desci as escadas e encontrei um Luan que me assustou. Mais branco e magro do que o normal, cheio de olheiras. Totalmente acabado.
Ele tinha nosso filho em seus braços e eu notei seus olhos marejados.
-Boa tarde Lu.- fui ate ele.
- Oi Lau.- ele falou baixinho, sorrindo amarelo .
-Filho, vai pedir pra Angelina colocar o café na mesa, por favor?
- ta mamãe.- ele falou descendo do colo de Luan e saindo correndo.
-Vem aqui.- O puxei para um abraço e ele desmoronou em choro.-Por Deus Luan, se acalma.- Acariciei seus cabelos.
-Eu não consigo ficar sem vocês.
-Você vai superar Luan.- Beijei sua testa.
-Como foi a primeira sessão da quimio?- Ele perguntou enquanto eu limpava as lagrimas que ainda caiam sobre seu rosto.
-É horrível.- confessei a senti um nó na garganta.
-Não deixaram eu vir...
-Você tinha show...
-Eu podia vir e voltar.
-É complicado demais Luan.
-Não importa pra mim, é o meu filho.
-Hoje nos vamos juntos. Tudo bem?
Ele concordou.
Tomamos nosso café escutando as historias do nosso filho.
-Angelina, da banho no Matheus pra mim?- pedi.
-Claro Laura.- Ela sorriu.
-Deixa que eu dou.- Luan falou se levantando.
-Não Lu, eu quero conversar com você!
-Mas...
-Por favor?
-Ta.- ele concordou emburrado.
Eu e o Luan fomos para o nosso quarto. Me sentei na cama e fiz final para ele sentar ao meu lado que obedeceu.
-O que foi Lau?
-Você anda fumando, não anda?
-O que? Nao!
-Não mente Luan...
-As vezes.- ele me olhou culpado.
-Esse seu as vezes, é quantos cigarros por dia?
-Com quem você andou conversando?
-Com o seu cheiro Luan! Eu não sou burra.
-É a unica coisa que me destrai
-Você vai acabar com a sua vida fazendo isso!
-Se o Matheus ficar bem eu não me importo em acabar com a minha vida.
-LUAN!
-é a verdade Laura.
-Luan, você nao ajuda em nada o Matheus fumando desse jeito.
-Mas...
-Ja chega o Matheus com câncer! Ja ta sendo difícil para mim com um Luan. Não quero você com essa maldita doença também.
-ta falando igual a Dagmar.- ele rosnou.
-a estou? Pois com incrível que pareça então eu vou concordar com ela uma vez na vida!
-Mas Laura...
-Mas nada. Me promete que vai parar?
-E-Eu não sei se eu consigo..
-Tenta pelo menos. Por mim, pelo Matheus..
-Eu não te prometo que vou conseguir Lau...
-Se você pensar que não vai conseguir não consegue mesmo.
-É minha unica distração
-Vai tocar punheta vendo filme porno então! Mas para de fumar.-Rosnei.
(...)
-Eu não quero ir...- Matheus estava fazendo manha na hora de ir para o hospital.
-Filho, é preciso.-Luan falou o pegando no colo.
-É ruim papai...
-Mas você precisa fazer para melhorar filho...
-Eu to bem papai.
Assim que chegamos no hospital ouve um pouco de tumulto por conta do Luan, mas logo depois que ele atendeu os pessoa fomos para a sala onde eram feitas as quimioterapias em crianças.
-Olha o campeão que voltou!- Leandro, o novo medico de Matheus apareceu.
-Oi.- Matheus falou fazendo bico.
-Como ele está?-Leandro perguntou para mim.
-Indo.-Sorri amarelo.- Leandro esse é o Luan, pai do Matheus!.- apresentei os dois. Já que o Luan estava de cara fechada