Capitulo 117

Capitulo dedicado à Isla Luiza

-Amor, ta tudo bem?
-Ta.- desviou o olhar.- Vou descer tomar água, vai ficar aqui?
-Vou, sobe que eu quero falar contigo tá?
-Ta bom.- saiu de cabeça baixa e eu suspirei.
Fiquei brincando com a Valentina que estava toda esperta. Logo seria a hora do banho dela e ela já tinha acostumado a ficar acordada.
-Papai?- Matheus colocou a cabeça pra dentro do quarto.
-Oi filho?
-Posso entrar?
-Claro filho. Vem aqui que a mana ta acordada.
Ele veio correndo e pulou do meu lado na cama.
-Posso pegar ela no colo pai?
-Pode, só de arruma ai.
Matheus se encostou na cabeceira da cama e eu coloquei Valentina no seu colo.
Valentina agarrou a blusa de Matheus que riu.
-Pai, ela puxa com força.
-Eu sei filho, ela fez isso agorinha com a minha blusa também.- ri passando a mão no cabelo ralo dela.
-O que vocês estão aprontando ai hein?- Laura apareceu.
-Ela ta brincando com a minha blusa mamãe.
-Ta é?- Laura riu.- Ela não ta pesada filho?
-Não mamãe.- sorri
Laura sentou no meu lado e eu passei meu braço pelo seu ombro.
-Foi bom no shopping?
-Foi.- sorriu pequeno.
-Aconteceu alguma coisa, não aconteceu?
Ela concordou e eu beijei seu rosto.
-Assim que eles dormirem a gente conversa.
-Ta bom Lu.- se aconchegou no meu peito e ficamos olhando os dois.
Matheus logo reclamou que não sentia os braços e eu ri pegando Valentina do seu colo.
Por incrível que pareça minha mãe deixou eu e Laura dar banho na pequena sozinhos, enquanto o Matheus disse todo empinado que ele era um homem e não precisava de ajuda igual a irmã e foi tomar banho sozinho.
-Seu filho é convencido igual você!- Laura acusou.
-Hey!- a reprendi fazendo careta e ela me deu um selinho.
Laura amamentou Valentina logo depois do banho e ela dormiu.
-Agora vem aqui.- a chamei para deitar comigo.- O que aconteceu hein?
-Minha mãe Lu.- resmungou me abraçando.
-O que tem ela?
-Na volta eu vi ela
-E?
-Ela tava entrando em um carro Lu.
-Ela ia fazer programa?
-Ia.- agarrou minha camisa e eu sabia que ela estava chorando.
-Amor, esse sempre foi o trabalho dela.- fiz carinho nos seus cabelos.
-Mas.- fungou.- É tudo diferente agora.
-Amanhã você vai ligar pra ela e pedir pra ela vir aqui e nós três vamos conversar, ta bom?
-Eu não quero brigar.
-Meu amor, nós não vamos brigar. Você só vai falar o que ta sentindo, se quiser chamar o Gui pode também, eu sei que ele também não aceita. Sua mãe ama vocês, eu acho um outro emprego pra ela, damos outra casa pra ela sair daquele lugar, vamos tentar mudar isso tá?
-Será que vai dar certo?
-Não custa nada tentar.
-Você tem razão.- ela suspirou, me abraçando forte- Mas eu tenho medo de como ela vai reagir.
-Não acho que ela irá reagir tão mal. Mas independentemente de tudo eu vou estar ao seu lado.
-Eu sei meu anjo.- ela sorriu, olhando para mim. Seu rosto estava molhado.
-Não chora amor.- limpei suas lágrimas- Vai dar tudo certo.
-Eu te amo Luan.
-Eu também te amo Laura.- sorri e ela me beijou- Tá com sono amor?
-Não.- ela beijou meu queixo
-Vamos assistir um filme então?
-Vamos! Mas não de terror.
-Por que não? Eu cuido de você.- ri
-Ah amor, eu não gosto.- ela fez bico
-Tá bom então.- lhe dei um selinho- Mas pode ser de aventura então?
-Pode!
Coloquei uns dos primeiros filmes de aventura que eu achei, e arrumei o DVD colocando em um volume não muito alto para não acordar Valentina. Aconcheguei-me com Laura debaixo da coberta e me concentrei no filme, torcendo para que Laura não começasse com suas caricias e beijinhos, pois seria difícil me controlar.
-Você tá com medo de mim?- Laura percebeu meio jeito e achou graça
-Claro que não.- disse sem graça
-Então me dá um beijo?- ela fez cara de safada
-Laura!- a repreendi
-Não vou te tarar seu bobo.- ela riu
-Tenho medo de você.- fiz graça e ela me olhou fazendo bico.
15 dias depois...
-Papai, posso ir dormir no tio Gui?- Matheus pedia todo manhoso.
-E ele te convidou?
-Convidou papai, falou que ta sozinho porque a tia Elô foi viajar.
-Pode então, mas vai ter que se comportar hein?
-Ta papai.- me beijou e subiu correndo pro quarto.
-Com que direito você rouba meu filho assim?- Laura brincou.
-Pow Laurinha, não quero ficar sozinho não.
-Só porque eu sou uma irmã muito querida eu deixo ele ir tá?
-Ta.- rimos.
Laura e Guilherme estavam bem. Nós três tínhamos conversado com a dona Manuela, eles colocaram todas as cartas na mesa e expressaram todo o sentimento em relação ao trabalho da mãe e ela pediu um mês e aceitou minha oferta. Em um mês acharíamos outra casa e emprego para ela.
Minha mãe também tinha ido embora, apesar de ter me estressado tanto com ela sentia saudades, mesmo com as brigas eu sentia que estava reconquistando parte da família que tinha na adolescência, aquela mãe que me apoia e ajudava em tudo.
Valentina estava um amor que só, eu e Laura dávamos conta super fácil dela, que não incomodava pra nada. Só chorava mesmo quando estava com fome ou na hora do banho, a bichinha era manhosa demais e fazia eu ficar conversando com ela o tempo inteiro, se não colocava a garganta no mundo.
Matheus tinha algum ciúme, mas nada exagerado, pelo contrario, eu e Laura até achávamos fofo aquilo. Eu já tinha pego as manias dele e sempre que Valentina estava mamando ele largava tudo o que estava fazendo e vinha pedir nescau ou queria por toda lei o meu colo.
Estava amando ser um pai normal, buscar ou levar Matheus todos os dias na escola, o ajudar nas tarefas, explicar o que ele não entendia. Acordar durante a madrugada com o choro da Valentina não era incomodo algum também, mesmo com Laura falando que não precisava eu fazia questão de levantar e trazer a pequena para ela. Sabia que logo esses momentos acabariam, apesar de estar morrendo de saudades dos palcos e das minhas negas me apertava o coração em ter que deixar meus três anjos sozinhos.
Assim que Matheus foi embora com Guilherme a Laura veio toda manhosa pro meu lado.
-O que você quer hein?- ri quando ela sentou no meu colo.
-Carinho do meu marido, não mereço?
-Não sei não, preciso ver se a senhora anda se comportando bem.- brinquei beijando sua testa.
-Vou sentir saudades de ficar assim.- encostou a cabeça no meu ombro.
-Eu também amor.- suspirei e a apertei em um abraço.- To com dor no coração em deixar vocês.
-Mas você tem as suas fãs.
-Eu to morrendo de saudade delas, da energia e da tranquilidade que elas me passam.
-Você vai compensar todo esse tempo fora com essas suas novidades.
-Eu aproveitei esse tempo em casa pra me dedicar ao projeto novo. Espero surpreender elas.
-Você vai sim meu amor, você sempre surpreende e eu amei as ideias que vi ontem la no escritório.
-Tava mexendo nas minhas coisas é danada?
-Aaah... amor.
-O que você foi fazer no escritório hein?
-Você saiu com o Matheus ontem, a Valentina dormiu e eu não tinha a Ju pra conversar, fui mexer nas suas coisas.- contou envergonhada.
-Cê pode mexer sempre amor.- ri.- Tenho nada pra esconder não.
-É bom não ter mesmo.- se fez de revoltada e eu gargalhei.
Roberval e Juliane decidiram aproveitar os últimos dias de folga no exterior e eu estava tranquilo, minha vida sem aquela peste da Juliane era tão mais calma. Mas Laura sentia, Juliane era sua única amiga e ela ficava toda perdida sem ela.
-Amor, sabe o que eu estava pensando?- brinquei com os seus cabelos.
-Ainda não comprei bola de cristal amor.- riu e eu revirei os olhos.
-Tonga! Não falo mais também.
-Ah não, poxa amor.- beijou meu pescoço, eu arrepiei e a danada riu.
-Para.- me esquivei. Laura sabia que eu estava necessitado e ainda me provocava.
-Você quem não quer nada, eu já falei que podemos...
-Eu já falei que eu tenho medo, a cessaria ainda é recente.
-É só não ir com muita força Lu.- se mexeu no meu colo e o meu amigo já animou.
-Deixa eu falar se não depois eu esqueço.- tentei mudar de assunto.
-Fala.
-Eu sei que depois da doença do Matheus você ficou mexida com as crianças que passam pelo que ele passou.
-Tem como não ficar?- suspirei.
-Você sabe que eu doo o que é arrecadado com os cd’s e dvd’s pra essas instituições, não sabe?
-Sei Lu, acho lindo isso da sua parte.
-Eu já escutei você reclamar pra Angelina que não tem o que fazer em casa, apesar de que agora vai ter a Valentina.
-Ham...- fez sinal para continuar.
-Eu pensei, se você quiser claro, quando a pequena tiver maior você tomar conta disso, o pessoal da central quem faz isso agora, mas você pode fazer de casa mesmo, teria alguma coisa pra você se ocupar e ajudaríamos esses anjos que precisam.
Laura me olhava boba.
-É claro que eu quero Lu.- acariciou meu rosto.- Vai ser magico poder ajudar essas crianças.
-É uma coisa que você não vai se estressar, não vai ter a obrigação de fazer todo dia ou ter horário, mas vai fazer alguma coisa e eu amo quando consigo acompanhar esse trabalho do pessoal da central.
-Eu vou amar Luan, de verdade!
Sorri e a puxei para um beijo.

-Laura não provoca.- reclamei quando ela beijou meu pescoço

-Não enche Luan.- ela me beijou novamente

-Oh merda, não faz isso.- gemi quando ela rebolou no meu colo

-Por que tentar resistir? Você sabe não consegue.- ela sorriu safada

-Você judia de mim.- beijei seu pescoço

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Será que é agora que o Luan sai da seca? haha

Não se preocupem que logo o clima da fanfic vai mudar ;p

Beijoooooooooooooooooooooooos da Faby e da Cela <3