Capitulo 111

-Amor, o que foi?
-Me leva pro sofá.- pediu.
-Vai nascer? Amor...- estava apavorado.
-Não, me leva pro sofá Luan.
Peguei Laura no colo.
-Filho, tira seus brinquedos do sofá rápido.- pedi e ele me obedeceu.
Coloquei Laura deitada no sofá tremendo, estava muito assustado.
-Laura, pelo amor de Deus, me fala o que ta acontecendo.
-Desliga a panela.
-Que panela Laura?
-Da cozinha.
Sai correndo, desliguei aquela gororoba que ela estava fazendo e voltei pra sala.
Laura não chorava mais, mas eu estava muito assustado.
-Amor... 
Laura pegou minha mão e colocou sobre o tórax dela. Tinha uma bolinha ali eu me assustei ao sentir aquilo.
-O que é isso amor?
-O pé da Valentina.- ela sussurrou com cara de dor.
A olhei assustado.
-O que esse pé ta fazendo ai?
-Ela ta mudando de posição.- respirou pesado.- Tem pouco espaço.
-E o que eu faço?
-Não tem nada.- respirou de novo.- Pra fazer.
-Você ta respirando mal Laura, precisamos fazer alguma coisa.
-Fala com ela.
-Pra que?
-Ela se mexe quando você conversa com ela.
-Não vai doer mais?
-Ela precisa tirar o pé dali Luan.

-Ai meu Deus! Tá bom.- eu estava tentado não entrar em desespero, pois realmente não sabia como lidar com isso
Comece a conversar com ela e por sorte Valentina não demorou a ficar em uma posição que deixou Laura confortável.
-Amor, você está suando.- Laura passou a mão em minha testa
-Eu fique apavorado. Já estava querendo te levar para um hospital.
-Ainda bem que passou.- ela suspirou aliviada
-Mamãe você tá bem?- Matheus estava completamente perdido
-Estou sim, meu anjo.
-O que aconteceu?
-Sua irmã é muito agitada filho.- peguei ele no colo
-Mas ela não pode machucar a mamãe.- ele disse bravo
-Ela não me machucou amor.- Laura riu
-Ainda quer o pudim amor?
-Não.
-Certeza?
-Aham.- ela sorriu
-Eu queria sorvete.- Matheus disse
-Ah, isso eu também quero.- Laura riu
Deixei Laura na sala, e com a ajuda de Matheus, fizemos três taças de sorvete.
(...)
Quase não conseguir dormir, pois ainda estava preocupado com Laura, mas mesmo assim levantei cedo. Eu estava planejando o quarto de Valentina sem Laura saber, queria fazer um surpresa, já que ela pareceu ter esquecido desse detalhe que Bruna me lembrou.
Falei para Laura que iria para a academia, e ela pareceu não se importar e voltou a dormir. Então me arrumei e fui buscar Bruna em seu apartamento.
-Pensei que não iria conseguir levantar cedo.- ela riu
-Engraçadinha. E você fez algo útil?- brinquei
-Fiz sim. Já contratei uma designer de interiores.
-E ela vai conseguir montar esse quarto hoje?
-Claro que não.
-Então é melhor esquecer a surpresa.- bufei
-Não seja pessimista. É só você tirar a Laura de casa nem que seja por um tarde, já que nós vamos montar o modelo pelo computador. Claro, se você mediu esse quarto certo, hein Luan.
-É claro que medi.
-Acho bom.
Encontramos a designer em seu escritório. Eu estava literalmente perdido, a única coisa que entendi foi que existe diferença entre rosa e pink. Mas depois que começam a falar de mais tons de rosas eu fiquei mais perdido ainda.
-É só pintar esse quarto de rosa e pronto, não sei porque complicar tanto.- disse já sem paciência
-É o quarto da sua filha Luan.
-E já estava decidido que vais ser rosa. Pra que complicar tanto?- disse indignado
Depois de mais de 2 horas, finalmente o modelo do quarto ficou pronto. Eu não consegui opinar em quase nada, e a maioria das coisas que eu falava Bruna discordava.
-Eu espero que você nunca vá comprar nada para Valentina sozinho.- Bruna disse quando estávamos voltando
-Eu vou ser um ótimo pai, e é isso que importa.- ela riu
(...)
Com ajuda de Guilherme e da Ju, conseguimos tirar a Laura de casa. Eu fui junto, é claro, pois não queria ter que ficar acompanhando tudo aquilo, ainda mais com Bruna discordando de tudo.
-Amor, vamos pra casa agora?- Laura pediu tristonha
-Mas eu prometi para o Matheus que depois da escola iria levar ele naquela sorveteria.- menti
-Tudo bem.- ela suspirou- Mas de noite você vai fazer massagem em mim.- ela fez bico
-Pode deixar.- sorri, lhe dando um selinho
Na sorveteria enrolei um monte para ficarmos mais tempo, Matheus, mesmo sem saber de nada, acabou me ajudando. Só fomos embora quando Bruna me mandou uma mensagem avisando que o quarto estava pronto.
-Bruna? O que faz aqui?- Laura se assustou ao ver Bruna em casa
-Nós temos uma surpresa pra você amor.- disse
-O que?- ela perguntou perdida
-Vem cá.- Bruna pegou em sua mão e nós a guiamos até o quarto
-Dentro desse quarto está a surpresa.- disse sorrindo
-Me deixem ver logo. Eu estou curiosa.- ela riu- O que é?
-O quarto da nossa filha.- disse abrindo a porta

-Ai meu Deus, eu não acredito que vocês fizeram isso.- ela ficou emocionada- Que lindo!
-Gostou amor?
-Amei. Você são demais.- ela enxugou as lágrimas, nos abraçando- Obrigada.

‪#‎Laura‬ ON
Luan me surpreendeu muito com o quarto da Valentina, que eu fiquei apaixonada, mas não me deixaram ficar lá, pois ainda tinha cheiro de tinta.
-Você vai viajar amanhã amor?- perguntei triste
-Infelizmente sim. Mas eu vou na consulta com você.
-Ah amor, temos que marcar o dia que a Valentina vai nascer.- disse sem jeito
-Como assim?- ele se assustou
-Luan, eu espero que você não fique brava, mas eu não quero ter a Valentina em parto normal. Eu quero fazer cesária.
-Mas porque?
-Eu odeio ter que falar isso com você, mas eu sofri muito pra ter o Matheus.-eu realmente não queria contar aquilo para ele

No dia em que o Matheus nasceu eu acordei cedo com dor, mas Luan chegaria no outro dia. Ainda não tínhamos a Angelina e eu precisava limpar a casa. Faxinei a casa toda mas a dor nunca me largava e cada vez ficava mais forte. Eu estava terminando a louça quando senti uma pontada forte embaixo da barriga e cai senta ao lado da pia. 
Dali eu demorei muito tempo pra conseguir levantar, a dor foi ficando agonizante e eu estava morrendo de medo e dor.
Não tinha ninguém pra ligar. Naquela época eu e Guilherme não tínhamos muito contato. Juliane estava fora da cidade. Luan tinha me proibido de todas as maneiras de ligar para sua família caso precisasse de ajuda, já que ele era um homem de família ‘’apaixonado’’ e me ajudaria em tudo o que eu precisasse, mas claro que não foi assim. Pela hora que tentei ligar pra ele, naquele tempo é certeza de que ou ele estava em alguma boate, ou estava comendo alguém antes de ir pra boate.
Depois de quase uma hora quem em salvou mesmo foi a Juliane, que conseguiu chamar uma ambulância pra mim.
No hospital, mesmo conseguindo comprovar que eu era a mulher do Luan Santana, ele não estava comigo e não tive o atendimento particular. Tive que esperar na fila, já que outras duas mulheres haviam chegado antes do que eu no hospital em trabalho de parto e estava na minha frente.
A dor era insuportável, estava com medo de acontecer alguma coisa com o neném, ou até de eu não aguentar e acabar morrendo no parto. Diversas coisas passaram em minha mente naquela hora, mas a única certeza de que eu tinha era que precisava salvar meu filho, nem que eu não pudesse mais viver, mas meu menino tinha um mundo pra conhecer.
Fiquei mais duas horas sentindo aquela dor agoniante até escutar o choro do meu filho. Naquele momento tudo passou, toda a dor foi compensada pois eu tinha o meu maior tesouro em meus braços.
Lembro que no outro dia Luan chegou cedo e eu fui transferida na hora para um quarto particular, apesar de não precisar mais de toda aquela mordomia. Luan foi ver nosso filho, lembro que escutei algumas enfermeiras falando que ele chorou ao pegar nosso pequeno no colo, mas eu só fui ver ele no ia em que ganhei alta. Já que ele não fez questão nenhuma de ir no quarto ver como eu estava.

Luan escutou toda a história em silencio, com a cabeça entre as mãos.
-Eu sou um monstro mes...
-Você não vai começar com isso! É por isso que eu não queria contar.- acariciei seu rosto.
-Uma hora ou outra eu ia ter que saber.- ele levantou e começou a andar de m lado pro outro.
-Amor...
-Amanhã nós marcados a cesárea tá?
-Eu sei que você preferia o normal Lu, ma..
-É o seu corpo amor, é você quem vai passar dor. A única pessoa que tem direito de fazer essa escolha é você.
Sorri emocionada e Luan me deu um selinho.
-Vou dar uma volta tá?
-Amor, não...
-Eu preciso esfriar minha cabeça.
-Se cuida.- sussurrei.
-Não v;ou beber, juro.- ele beijou meu rosto.
Era incrível como Luan sabia o que me incomodava, o que eu não gostava que ele fizesse ou o que eu pensava.
Luan saiu ainda nervoso, com raiva dele mesmo.
Não queria contar toda a historia para ele por esse exato motivo, mas tinha que dar uma explicação para ele pelo fato de eu não querer ter nossa filha do método que a maioria dos médicos indicavam.
-Mamãe, onde o papai foi?- Matheus apareceu no quarto.
-Foi dar uma volta filho.
-Ele tava chorando mamãe.
Escutar isso fez meu coração se partir em mil pedaços. Eu sabia que não deveria ter contado pra ele, sabia!
-Mamãe?
-Seu pai lembrou de algumas coisas não muito legais filho, mas ele vai ficar bem.
-Jura?
-Juro.- beijei sua testa.
-Não gosto de ver o papai triste.
-Eu também não meu anjo, eu também não.
Matheus ficou em silencio um tempinho.
-Mãe?
-Oi?
-Você e o papai brigaram?
-Claro que não filho, porque?
-Por que o papai tava chorando ué!
-Matheus, eu já te falei porque seu pai estava chorando.
-Mas...
-Filho, quando a mamãe e o papai brigavam. O seu pai saiu chorando da briga alguma vez?
-Não mamãe.
-Então meu amor. Esquece essas brigas do passado. Seu pai já conversou com você sobre isso, nós não vamos brigar mais, tudo bem?
-Tudo mamãe.
-Fz um favor pra mãe?
-O que?
-Desce lá na cozinha e pede pra Angelina fazer uma macarronada no capricho? A mãe ta com fome.
-Ta bom mamãe, pedir pra ela trazer aqui?
-Não, eu já vou descer.
-Ta bom, você brinca comigo um pouco mamãe?
-Depois que a mamãe comer eu brinco, ta bom?
-Ta bom.- ele saiu correndo.
Estava preocupada com o Luan, ele tinha prometido que não iria beber, mas eu ainda ficava com um pé atrás. Não queria o antigo Luan de volta.
Matheus me deu uma canseira danada depois que jantamos e o Luan ainda não tinha chego.
-Filho, sobe tomar um banho.
-Já mamãe?
-Claro que sim, amanhã você tem aula!
-Aah... Mamãe?
-Oi?
-Depois que a Valentina nascer, eu ainda vou precisar ir pra aula?
-Claro que sim!- ri- Por que você não iria?
-Pra ajudar você a cuidar dela mamãe!
-Você vai ajudar depois da aula tá? Você precisa estudar.
-Ta.- pensou mais um pouco.- A Valentina também vai ir pra escola mamãe?
-Vai filho.
-Logo?
-Vai demorar um pouquinho.
-Ham...- Ela vai na mesma escola que eu vou?
-Não sei filho.- ri das suas perguntas.- Vai tomar sue banho e para de me amolar menino.
Ele riu e subiu as escadas correndo.
Tentei ligar pro Luan duas vezes e ele não em atendeu. Estava ficando preocupada demais. Quando peguei meu celular pra fazer a terceira ligação ele me ligou.
-Ta tudo bem?- perguntou ofegante.
-Onde você tá?- ele suspirou.
-Indo pra casa. Caramba, me assustei quando vi as ligações, sai correndo.
-Desculpa, tava preocupada.
-Ta tudo bem amor. To voltando tá?
-Ta bom.- suspirei e desliguei.
Luan não demorou chegar e a sua cara denunciava eu ele chorou na volta pra casa.
-Amor...
-Oi Lau.- me deu um selinho.- Oi princesa.- beijou minha barriga e nossa filha chutou.
-Onde você estava?
-No Testa.- deu de ombros.- Vamos subir?
-Vamos.
Luan me ajudou a subir as escadas. Deitamos depois dele tomar um banho.
-Amor..
-Lau, não vamos conversar sobre o que aconteceu antes tá? Por favor...
Suspirei concordando.
-Luan, amanhã eu quero que você decida a data.
-Que data?
-Que a Valentina vai nascer.
-Eu?- sorriu.
-Eu escolhi a forma que ela vai nascer, nada mais justo que você escolher o dia.

-Tudo bem.-ele concordou sorrindo
-Mas tem que ser mês que vem.- ri
-Eu sei boba.- ela me deu um selinho
-Eu te amo.- o puxei para um beijo
-Eu também.

-Laura, não.- ele gemeu entre meus lábios quando apertei seu membro
-Por que?- perguntei colocando a mão por dentro da sua cueca e apertando seu membro que já estava ficando duro em minha mão
-É que...
-Para de ser medroso.- tirei seu pênis de dentro da cueca e comecei a masturba-lo. Ele fechou os olhos, começando a respirar pesado.
-Talvez essa possa ser nossa ultima transa.
-O que?- ele se assustou
-Ultima antes da Valentina nascer.
-Ainda bem que só tem mais um mês.
-Vai nessa.- ri- Ainda tem a dieta, que deve ser uns 40 dias ou mais.
-Tudo isso?
-É sim. Então é melhor você aproveitar esse momento.- sorri, começar a movimentar minha mão mais rápido
-Isso.- ele gemeu- Assim.
-Você gosta disso?- sorri
-Sim. Não para.

(…)
Tivemos uma noite maravilhosa, apesar de Luan estar meio receoso por causa da minha barriga. Ele foi muito carinhoso comigo e ao mesmo tempo me deu muito prazer.
-Bom Dia princesa.- Luan me olhava sorrindo
-Bom Dia amor.- sorri- Que horas são?- perguntei sonolenta
-Já passou de meio dia.
-Já?
-Aham.- fechei os olhos- Nada de dormir preguiçosa, você precisa almoçar.
-Você está com mais preguiça do que eu.- ri
-Mentira.
-Então por que não levantou ainda?
-Não gosto de deixar minha mulher sozinha na cama.
-Bobo.- sorri- Me ajuda a levantar?-infelizmente eu já estava precisando de ajuda, por causa da barriga
Luan me ajudou a levantar da cama, e seu olhar percorreu meu corpo inteiro, pois eu estava nua.
-Você está linda.- ele sorriu
-Mentiroso.- ri
-É sério amorzinho.- o ignorei, indo para o banheiro
Tomei um banho rápido, então me arrumei.

Luan estava sentado na cama e me olhou com um sorriso bobo quando apareci.
-Vamos? O almoço já está na mesa.
Fomos almoçar. Logo depois do almoço Luan foi para o escritório, eu quis ficar em casa.
Encontrei Angelina andando distraída com uma revista, mas assim que me viu ela escondeu.
-Precisa de algo Dona Laura?- ela parecia nervosa
-Não.- sorri- O que tem nessa revista hein?
-Na.. nada.
-Posso ver?
-Não é interessante.
-Eu quero ver.- consegui pegar a revista
-Quando li o titulo da matéria me assustei.
“Luan Santana curte festa no iate rodeado de mulheres.”
A foto que estava logo em baixo, me agradou menos ainda.

_________________________________________________________________

Será que Luan está encrencado? haha

Comentem amores ;p

Beijooooooooooooooooooooos da Faby e da Cela ♥