Capitulo 156

-Como assim sumiu?- ela perguntou assustada
-Ela não está em casa, não apareceu no escritório e nem foi buscar o Matheus na escola.- contei angustiado- Eu preciso achar ela.
-Luan, se acalme primeiro. Você está tremendo.- ela segurou meu braço
Todos começaram a fazer perguntar e se ofereceram para ajudar procurar Laura, mas minha cabeça estava girando e eu não consegui prestar atenção em ninguém.
-Eu preciso ir.- sai da sala, mas Arleyde foi atrás de mim junto com Fabio
-Luan você não pode dirigir assim.- ela advertiu
-Eu levo você!- Fabio disse
-Não precisa.- acelerei os passos, mas Arleyde foi em minha frente, me fazendo parar
-Luan você precisa se acalmar.
-Minha mulher sumiu, não tem como eu ficar calma.- engoli seco, segurando as lágrimas
-Então deixa nós te levar para a casa?
-Tudo bem.
Durante o caminho para casa minha agonia aumentou, pois eu sabia que quando chegasse lá não encontraria Laura. Minha garganta ardia e eu ainda segurava as lágrimas.
Quando cheguei em casa Rober e Ju já estavam lá e vieram correndo me abraçar, fazendo eu não conseguir mais segurar as lágrimas.
-Nós vamos achar ela cara.- Rober disse
-Papai.- Matheus veio correndo em minha direção
-Oi filho!- lhe abracei
-O que aconteceu? Cadê a mamãe? Por que você tá chorando?
-Vem com a Tia.- Arleyde o pegou do meu colo- Eu vou te explicar.
-Papai.
-Vai com ela filho.- suspirei
Arleyde saiu com Matheus e Fabio saiu falando no celular, deixando apenas nós três na sala.
-Quero que vocês me ajudem a localizar o Lucas!- disse
-Pra que Luan?- Ju perguntou assustando
-Esse filha da puta pode estar envolvido no sumiço da Laura.
-Tá doido?
-Vai defender esse idiota agora?
-Depois de tudo o que ele fez você acha mesmo que foi ele quem pegou a Laura?
-Você não acha que é muita coincidência a Laura sumir logo agora que ele apareceu?- disse nervoso.

-As coisas não acontecem por coincidência as vezes? Porra Luan, quantas vezes o Lucas salvou a Laura?
-Não importa agora! Eu quero achar esse desgraçado.
-Vai perder tempo.- Juliane resmungou.
-O que diabos você e a Laura vem nele?- Roberval perguntou irritado.- O cara é um ladrão.
-É um ladrão bo... ESPERA!- Ela se levantou irritada- Como diabos o Luan sabe da volta do Lucas Roberval?
Meu amigo começou a gaguejar para se explicar e eu levantei bufando. Fui pegar um copo de uísque pra tentar me acalmar um pouco mas encontrei Sonia com Valentina no caminho.
Até ela, pequeninha notava que alguma coisa estava acontecendo, parecia perdida, confusa. Sorri pequeno e peguei minha princesa.
-Precisa de alguma coisa seu Luan?
-AdA Laura, Sonia.- Suspirei.- Vou ficar com a Valentina um pouco tá?
Ela concordou e saiu.
Ainda com Valentina no colo fui para a área de piscina. Mal tinha sentado na cadeira quando Matheus apareceu correndo.
-Pai.- ele se jogou do meu lado e me abraçou.
-Oi filho.- sorri amarelo, tinha um nó em minha garganta que fez minha voz falhar.
-Eu quero ajudar a procurar a mamãe!- Falou de bico.
-Nõa sabemos como procurar ela ainda filho.
-Pai, ela pode estar presa no transito.- Falou esperançoso.- O transito de São Paulo é muito ruim!
-Pode sim filho.- o abracei enquanto ficava de olho em Valentina que gatinhava perto de nos.
-Luan?- Arleyde apareceu.
-Oi?
-Fabio quer falar com você.- ela parecia tensa, mais tensa do que antes.
-O que foi?- perguntei com um aperto no peito.
-Vai la no escritório falar com ele, eu fico com as crianças.
Concordei e subi para o escritório.
-O que aconteceu?- perguntei assim que entrei.
-Eu liguei pra policia Luan.- ele suspirou.- Já estavam tentando entrar em contato conosco.
-Acharam ela?- sorri por um momento.
-Não Luan, mas acharam o carro dela abandonado em uma rua deserta, não muito longe daqui.
Minhas pernas tremeram, meus olhos arderam em lágrimas e eu cai sentado no sofá do escritório, isso não podia estar acontecendo de verdade.
-Ei, vamos encontrar ela.- Fabio se ajoelhou na minha frente.- A policia já foi avisada e eles estão vindo pra cá.
Concordei tentando secar as lagrimas que ainda derrubava, meu peito parecia que iria se partir.
-Liga pra sua mae, pra Bruna, elas vão ajudar.
Concordei novamente, demorei um pouco para me acalmar. Peguei meu celular e fui para o quarto de Matheus.
Liguei para a casa de minha mãe, rezando para que ela atendesse, mas não foi bem assim.
-Alô?
-P-Pai?
-Luan! Ta tudo bem?
Tentei concordar, parecer forte, mas não conseguia, não diante daquela situação.
-Não.- sussurrei e novamente não contive as lagrimas.
-Luan, você ta chorando?- ele falou... desesperado? Como se se importasse comigo.
-A mãe tá ai?
-Sua mãe está em Campo Grande, foi ontem ver sua tia... Luan, o que aconteceu?
-A Laura sumiu pai.- solucei.-E-Eu não sei o que eu faço!
-Como assim a Laura sumiu?- ele se assustou.
-Ela sumiu, acharam o carro dela pai, ela foi sequestrada.- falei desesperado, não tinha mais forças, eu só queria minha mulher.
Ele tentou me tranquilizar, prometeu que ligaria para minha mãe e pegaria o primeiro voo pra São Paulo.
Desliguei a ligação e fiquei olhando para a minha tela de bloqueio. Era uma foto de Laura com as crianças. Meu coração virou em nada e eu me permiti chorar novamente.

(...)
Tive a pior noite da minha vida. Eu não sabia onde e como minha mulher estava. Eu só queria sair pela cidade e procura-la, mas fui impedido. Eu não conseguia nem chorar mais, não havia mais lágrimas. Tive que me fazer de forte para conseguir fazer nossos filhos dormirem, pois eles também sentiam a falta da mãe, mesmo Valentina que não entendia o que estava acontecendo.
Cada ligação que eu recebia eu atendia na esperança de ser a Laura. Já passava das 4 horas da manhã e eu ainda estava na sala com a esperança de receber alguma ligação com noticia sobre a Laura, pois a essa altura o Brasil inteiro já estava sabendo do acontecimento. 
-Não vai dormir?- Ju apareceu na sala, sentando ao meu lado
-Não tem como.- suspirei
-Eu sei.
-Ju você acha que estão fazendo alguma coisa contra ela?- perguntei agoniado
-Acho que não.- ela respondeu não muito convicta- Acho que só querem seu dinheiro.
-Então por que não ligam de uma vez pedindo o resgate? E se não for por causa de dinheiro?
-Você ainda acha que pode ter sido o Lucas né?
-Ju se ele pegou a Laura já pode ter levado ela pra outro pais.- disse desesperado
-Olha, eu sei que não foi ele. Mas para você ter certeza, eu te ajudo a procurar ele.- ela levantou
-Agora?
-Sim. Vamos!
-Vou pegar a chave do carro.
-Não faz barulho.- ela advertiu
(...)
Já estávamos à uma hora rodando pela cidade e nada de encontrar o infeliz.
-Eu disse Juliane!- bufei
-Calma Luan, ainda tem mais lugares que ele pode estar.
-Aonde?
-PARA O CARRO!- ela gritou e eu freei o carro na hora
-Olha lá!- ela apontou para uma Van em frente à um banco
-O que tem?
-Ele deve estar roubando o banco.
-Ju, existe milhares de bandidos em São Paulo. Por quê seria ele?

-E eu la vou saber Luan? Essa cidade tem um milhão de bancos, existe a possiblidade de ele não estar mais em São Paulo, ou então não estar assaltando um banco, mas você não quer encontrar ele? Então reze pra que seja ele.- ela falou saindo do carro mas o puxei de volta.

-Ta doida? Vai ir la na frente da van?

-Vou, sabe porque?- ela me encarou brava mas olhou pra frente.

-Por que você é maluca, só pode.

-Não Luan porque é o Lucas.- ela falou atônica e saiu correndo de dentro do carro, sem ao menos me dar chances de contestar.

 Juliane foi como uma furação para a Van, gritando por Lucas, sai correndo atrás dela e gelei ao ver ele apontando uma arma para ela, mas, por sorte, ele me viu e reconheceu Juliane.

-Vocês estão doidos?- Olhou para os lados assustado.

-Nós precisamos conversar com você.- Ju tinha lagrimas nos olhos.

-Vão embora, pelo amor de Deus.

-Lucas, é sério!

-Eu estou prestes a assaltar um banco!- Ele estava furioso, eu sabia que era perigoso estarmos ali uma hora daquelas, apenas com Lucas e provavelmente seus explosivos.

-A-A Laura foi sequestrada Lucas!- falei alto, pela primeira vez, um choque percorreu em mim, mas me contive e não chorei.

  Ele demorou raciocinar um pouco, mas abaixou a arma lentamente, olhou novamente para o banco frustrado.

-Me esperam na porta do condomínio de vocês. Eu já to indo.

 Desconfiei, minha vontade era socar a cara dele e pedir minha mulher, mas pela sua reação ele nem sabia do sequestro.

 Juliane me puxou para o carro e fez eu dirigir até a porta do condomínio.

-Ainda acha que ele pode estar envolvido.

-Eu não sei.- levei as mãos a cabeça.- Eu só quero achar minha mulher Ju, só isso!

-Nós vamos achar Luan, nós vamos achar.

 Lucas demorou mais meia hora para chegar e eu estava botando um ovo.

-Juro que eu to com raiva, mas apesar de vocês terem levado meu assalto por água abaixo eu estou torcendo para que seja mentira.

-Você acha mesmo que se fosse mentira eu estaria dirigindo por São Paulo trás de você?- rosnei e Juliane me olhou brava.

-Luan! – Me advertiu, revirei os olhos e cruzei os braços.

-Desde quando está  desaparecida?

-Logo depois do meio dia! Ela estava indo para o escritório do Luan quando tudo aconteceu.

-Vocês tem certeza que ela foi sequestrada?

-Acharam o carro abandonado, com todas as coisas dela.- contei frustrado.

-Tem algum suspeito?- se debruçou na janela no carro.

-Você!- resmunguei e Juliane me fuzilou com o olhar.

-Acha mesmo que eu teria coragem de sequestrar ela Luan? Quem fazia mal a ela era v..

-CHEGA VOCÊS DOIS!- Juliane o interrompeu.- Se coloca no lugar do Luan, Lucas, por favor.

-Qualquer um que pudesse querer alguma coisa com ela eu desconfiava.- abaixei a cabeça.- Eu penso no pai da Laura. Aquele desgraçado deve ter gasto todo aquele dinheiro que eu dei para ele.

-Existia um carro vigiando a casa fazia algum tempo.- Juliane contou.- Luan reforçou a segurança e ele sumiu por quse um mês.

-Voltou a aparecer a dois dias atrás.- sussurrei, Ju não sabia dessa parte.- Uma vez eu tentei ir atrás, segui o carro pelo condomínio mas acabei o perdendo.

-Faz quanto tempo que você não vê mais o Miguel?

 Quando fui responder meu celular tocou. Era de casa. Minha esperançar se afloraram e eu atendi rapidamente.

-Alô?

-Seu Luan, onde o senhor está?- Era Angelina.

-Pertinho do condomínio. O que foi Angelina? Ela...

-Valentina está queimando em febre, não para de chorar, Matheus acordou com a irmã e quer o senhor.

 Realmente a sorte não estava do meu lado.

-Eu já vou Angelina.- segurei as lagrimas.- Logo eu chego ai.

-Tudo bem!- ela concordou e desligou.

 Suspirei fundo encostando minha cabeça no volante do carro. Juliane e Lucas me olhavam querendo explicações.

-Valentina está com febre forte, preciso ir pra casa.

-Valentina?- Lucas levantou uma sobrancelha.

-V-Você não teve noticias desde que foi embora?- Juliane perguntou.

-Nenhuma, se eu quisesse seguir minha vida não poderia viver cheio de noticias dela.- Lucas falou baixo, como se fosse difícil para ele ainda.

-Valentina é a nossa filha.

 Ele concordou cabisbaixo.

-Vão, eu vou para casa tentar descobrir qualquer pista.

-Me liga.- Juliane falou anotando o seu numero em um papel que ela achou.- Por favor Lucas, você pode nos ajudar.

 Ele concordou e foi para o carro.

...

 Cheguei em casa e escutei de longe o choro de Valentina. Deixei Juliane fechando o carro e entrei correndo.

 Valentina estava no colo de Sonia em seu quarto, enquanto Angelina tentava acalmar Matheus que estava desesperada vendo a irmã chorar tanto.

 Meus olhos se encheram de lagrimas ao ver aquela cena, mas corri até Sonia e peguei Valentina de seu colo. Valentina continuou chorando, porem um pouco mais fraco, a coloquei deitada em meus braços e beijei sua testa, tentando acalma-lá.

-Pai.- Matheus falou manhoso agarrando minhas pernas.

-Ta tudo bem filho.- sussurrei.- A mana só está dodói.

-Ela ta chorando muito!

-O papai já vai acalmar ela tá?

 Matheus concordou mas ficou ao meu lado enquanto balançava Valentina.

-Já deu remédio pra ela Sonia?

-Sim, logo deve fazer efeito.

 Concordei.

-Podem ir deitar, eu fico com eles.

-Tem certeza?

-Dormir eu não vou conseguir mesmo.- dei de ombros.- Vem filho, vamos com o pai e a mana dormir.

 Consegui fazer minha filha se acalmar e dormir, porém ela não me largava, o que fez Matheus ter que se arrumar sozinho na cama, mas ele não reclamou, apenas falou que queria ver a irmã bem.

 Deitar com os meus filhos foi bom, não posso dizer que em deu animo, porquê não tem como sentir animo diante das circunstâncias em que se encontrávamos, mas eles me deram paz por alguns tempo, me fazendo dormir, coisa que parecia impossível.

Perdoem a falta de capitulos e qualquer erro, ou eu postava hj ou revisava o cap :/

 Tive alguns problemas familiares durante esse final de semana, não tive tempo para nada, nem para avisar a Faby :/

 Contiuem comentanod, pf! :x

 Alguém ainda acha que é o Lucas quem sequestrou a Laura? kkk 

 Quero palpiteees!

 Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos da Cela e da Faby