Capitulo 63

Ficamos quase uma hora dentro do mercado. Poucas pessoas pararam o Luan e por isso conseguimos curtir nosso dia como pessoas normais, sem segurança ou gritaria.
-Vocês dois vão me quebrar, olha o tanto de coisa que vocês pegaram!- Luan começou a reclamar quando estávamos no caixa pagando.
-Foi você quem pegou a maioria das coisas, então sem reclamação.
Quando chegamos em casa fomos recebidos pelo cheiro bom do almoço
-A Angelina ainda me mata com esses cheiros bons.- Luan falou passando a mão na barriga.
-Gordo mesmo.- ri e ele se fez de ofendido. Fazendo o Matheus gargalhar.
Quando cheguei na cozinha com o Matheus no colo, encontramos o Luan remexendo as panelas.
-Angelina meu amor, casa comigo?
Eu e o Matheus rimos.
-O que é isso Luan?- perguntei já que a coitada estava vermelha.
-Ela fez frango com quiabo, você nunca faz frango com quiabo!
-Porque você não pede.- dei de ombros.
Almoçamos em clima de descontração. Era o último dia de folga de Luan e o Matheus estava em um de seus dias bons, sem muito sono nem enjoo, Luan aproveitou isso.
Depois do almoço, ficamos na sala de estar conversando.
-Vamos ao lago pai!- Matheus chamou Luan- A gente sempre ia lá.
-Você está falando como se eu estivesse ficado fora de casa por um ano.- Luan disse o fazendo rir- Vamos buscar as varas de pescar então.- Luan disse levantando do sofá
-Mamãe você vai com a gente?
-Não sei filho.
-Vai sim mor.
-Vocês sabem que eu não sei pescar né.
-Jura? Eu nem tinha percebido. - Luan debochou
-Cala boca.- lhe dei um tapa de leve na perna
-Vem amor.- ele me puxou pela mão
Fui ajudar o Luan arrumar as iscas e as varas de pescar. Quando voltamos, Matheus já estava dentro da Ferrari de Luan.
-Mãe, me deixa ir no banco da frente com você?
-Deixo amor!
Fomos para o lago. Eu, como sempre, só observava os dois pescarem. Matheus, em um momento foi onde eu estava sentada.
-O que foi amor?
-Eu já cansei. - ele sentou em meu colo
-Tá com sono?
-Aham.- ele coçou os olhos
-Vamos então chamar seu pai para a gente ir.
Matheus saiu do meu colo e sentou na grama. Eu levantei, e fui chamar o Luan.
-Luan o Matheus já cansou.- olhamos para Matheus
-Vamos levar ele para a casa então.
-Quer ficar pescando? Eu levo ele.
-Não, eu quero ir também. Não tem graça sem o Matheus.
(...)
Eu estava deitada sobre o peito de Luan, e ele brincava com meu cabelo.
-Você tá bem Laura?
-Por quê?
-Está tão calada.
-É só dor de cabeça.
-Quer que eu pegue um remédio para você?
-Não precisa.
-Precisa sim.
Luan saiu apressado, e logo voltou com um comprimido e um copo de água. Eu achei aquilo muito fofo, coisa que ele raramente demostrava ser.
-Que foi?- ele perguntou ao ver um sorriso se formar em meu rosto, depois de eu ter tomado o remédio.
-Nada.
O celular do Luan começou a chamar, ele tirou do bolso e desligou.
-Era a Dagmar?
-Não.- ele sentou na cama
-Quem era então?
-Meu pai.
-Você devia atender.
-Não.- ele bufou
-Luan, é seu pai!
Ele não disse nada, e eu preferi não levar o assunto adiante.
-Luan?- o chamei após um minuto de silêncio
-Sim.
-Faz uma massagem em mim?- fiz cara de pidona
-Aonde?- ele perguntou com um sorriso safado no rosto
-Nas minhas costas.- mostrei a língua pra ele
-Você tá querendo se aproveitar de mim muié.
-Só um pouquinho.- ri

-Vira ai vai.- ele falou negando com a cabeça enquanto ria.
Deixei de barriga para baixo e senti o Luan sentando nas minhas pernas resmungando alguma coisa.
-O que foi?- ri.
-Você me tortura muié, pelamor.
-Para de reclamar Luan!
-Ta vai.
Ele mal começou a massagem nas minhas costas e suas mãos já foram parar a minha bunda.
-LUAN!
-Aqui é melhor Lau.- ele gargalhou.
-Se comporta Luan.-ri.- Nas costas vai.
-Só se você deixar eu tirar sua blusa.- ele mordeu meu pescoço me deixando arrepiada.
-Menos Luan.
-É melhor Lau.
-Você anda muito tarado Luan.
-Deixa vai.- ele mordeu meu pescoço novamente.
-Ta vai.- ri tirando a camisa.
Agora sim.- ele deu um tapa na minha bunda.
Luan ficou fazendo massagem por uns 5 minutos e eu acabei dormindo.
Acordei com o Luan me chamando.
-O que?
-Vamos jantar!
-Já?
-Já!
-Ta.
Jantamos nós três juntos. O Matheus ainda jogou vídeo game com o Luan por mais uma hora e dormiu novamente.
-Vamos deitar?- chamei o Luan.
-Vamos.- ele sorriu e me deu a mão.
Subimos juntos, o Luan pediu para eu ir tomar banho com ele mas não aceitei. Conversei um pouco com a Ju no celular e fui me trocar.
-Pow Lau..- Luan me chamou manhoso, me assustando.
-Caramba Luan!-ri.- O que foi?
-Deu problema.- ele riu.
-Que problema Luan?
-Problema uai.
-Luan.- Me virei para ele.
-Você vai ter que dar um jeito amor.- ele apontou para o seu amigo.
-LUAN!- Gargalhei olhando pro seu volume.
-Ninguém manda ser gostosa assim.
-Tarado.- cheguei mais perto dele.
-Não vai me escapar não mocinha.- ele me puxou para ele e atacou minha boca ferozmente, paramos o beijo somente para eu tirar a camiseta que ele vestia.
Luan se livrou rapidamente do meu sutiã, 'atacando' meus seios ferozmente. Alguns segundos depois já estávamos completamente nús. Ele me levou até a cama, deitou em cima de mim e foi se abaixando e dando chupões pelo meu corpo, e começou a fazer um belo sexo oral em mim. Voltou a beijar minha boca e foi logo penetrando. Ele começou com movimentos fracos.
Pedi pra ele ir mais rápido. Ele fez o que eu pedi, começou a penetrar fortemente e rapidamente, fazendo meus gemidos aumentarem. Um tempo inverti as posições ficando por cima dele.
-Cavalga pra mim vai- ele disse num sussurro
Eu o obedeci, começando a cavalgar no seu pênis. Ele levou as mão nos meus seios e começou a apertá-los e massageá-los. Fui parando aos poucos, quando já estava cansada. Ele então se virou ficando por cima de mim novamente, e penetrando devagar. Eu o beijei. Ele então começou a penetrar mais forte. Luan logo gozou dentro de mim, segundos depois também gozei.
Ele deitou ao meu lado, ambos ofegantes. Me aconcheguei em seus braços.
-Você me fez tanta falta.- ele sussurrou enquanto acariciava meus cabelos.
-Eu também senti falta sua Lu.- dei-lhe um selinho.
-Mesmo?- ele perguntou manhoso.
-Mesmo manhoso.- ri e o apertei em um abraço.

Ele ficou quieto por um tempo, depois começou a se mexer feito um doido na cama.
-O que aconteceu Lu?- estranhei.
-Preciso achar uma coisa.- ele se levantou colocando sua cueca e o calção e saiu remexendo as gavetas.
-Luan, oque você quer?- Perguntei sentando na cama.
-Não posso falar.
-Amorrr.- pedi manhosa.
Ele olhou sorrindo pra mim, me dei conta que era a primeira vez que o chamava de amor de uma forma verdadeira, quando estávamos sozinhos, sem ser para passar por uma boa família ou coisa do tipo.
-Vem aqui.- fiz bico envergonhada.
Ele riu e veio até onde eu estava.
-Juro que você vai gostar.- ele me deu um selinho e voltou a mexer nas gavetas.
-Luan, o que você ta procurando meu Deus?
-Não vou falar.
Tentei tirar dele o que ele tanto procurava mas ele não me deu moral.
Tomei banho, coloquei um pijama confortável. Quando sai do banheiro o Luan já estava deitado.
-Achou?- perguntei deitando ao seu lado.
-Achei.- ele sorriu.
-O que era?
-Não vou contar!- ele gargalhou me puxando para deitar mais perto dele.
-O que? Ah não Lu...- fiz bico.
-Amanhã princesa.- ele beijou a minha testa.- Boa noite.
-Boa noite.- beijei ele.- tomou o remédio né?
-Tomei.- ele falou cabisbaixo.
-Vai ficar tudo bem Lu.- beijei seu rosto e me aconcheguei em seus braços.
Acordei antes que o Luan, o deixei dormindo e arrumei sua mala. Tomei um banho e coloquei esse look:

Desci tomar café e encontrei a Angelina ajudando o Matheus e cortar algumas coisas.
-Bom dia amores.- beijei o rosto do meu filho e o da Angelina.
-Bom dia Laura.- Angelina respondeu sorrindo.
-Oi mamãe.- Matheus falou de boca cheia.
-Modos filho.- ri.
-Desculpa.- ele fez bico.
Quando eu e o Matheus estávamos terminando de comer o Luan apareceu com a cara inchada na cozinha.
-Bom dia dorminhoco.- ri dele coçando os olhos.
-Bom dia.- ele sorriu me dando um selinho.-Bom dia filhão.- ele beijou o rosto do Matheus que sorriu.-Bom dia Angelina.- ele jogou beijo para ela que preparava um bolo.
-Bom dia.- ela sorriu.- Como vocês estão animados hoje!- ela riu e o Luan ficou vermelho.
-Deixou o patrão vermelho Angelina!- ri e o Matheus me acompanhou.
Deixamos o Luan tomando café e eu fui arrumar o Matheus.
-Lau, vem aqui!- Luan gritava do fim da escada.
-O que foi?
-Vem ca.- ele sorriu.
Desci com o Matheus no colo.
-O que foi?
-Filho, vai lá com a Angelina que o papai precisa conversar com a mamãe.
-Ta.- ele sorriu e saiu correndo.
-O que foi?
-Vem cá.- ele me puxou para o deck da piscina e ficou na minha frente.
-O que foi?
-Tenho uma proposta pra te fazer.- ele sorriu.
-Qual?- sorri.
-Eu, você, dois filhos e um cachorro.- ele brincou e me deu uma juntada.
-Luan.- ri e o dei um selinho.
-Vou falar serio então- ele fez careta e eu ri.
-Ta me deixando curiosa Luan.
-Se você não quiser entendo Lau.- ele mordeu o lábio.
-Fala logo homem.- ele riu.
- Vamos voltar a ser marido e mulher de novo?
-O que?- fiquei boba.
-Como eu consegui anular o casamento.- ele tirou um papel da sua calça sorrindo.- O que você acha de voltarmos a usar isso?- ele tirou do outro bolso as nossas alianças.

-Você guardou!- sorri

-É claro que eu guardei!- ele sorriu também- Então... Você aceita ser minha esposa? Agora pra valer.
-Eu aceito!- pulei em seus braços, em seguida nos beijamos.
Ele pegou minha mão, e colocou aliança.

-Na alegria e na tristeza...- ele começou falar igual o padre 
-Na saúde e na doença...- continuei, colando a aliança em sua mão 
-Até que a morte nos separe!
-Amém!- falamos juntos, e o sorriso mais lindo do mundo estampou em seu rosto.
E ali, eu tive certeza que o amor pode sim mudar uma pessoa, mudar uma vida, uma história, ele muda tudo a partir do momento que você decide que vale a pena lutar por ele, que vale a pena tentar e faze-lo nascer e renascer cada dia mais, ele muda tudo quando você decide que vale a pena viver por ele. 
(...)
-Luan você não tem que ir viajar hoje?- perguntei quando estávamos se arrumando para levar Matheus para fazer quimioterapia
-Não vou mais!- ele falou decidido
-Luan...
-Quero aproveitar mais um dia com minha esposa e meu filho. - ele me abraçou por trás
Saber que Luan ficaria mais um dia com nós, me deixou muito feliz, mas ao mesmo tempo preocupada, pois Luan com certeza ficaria pior depois que visse mais uma sessão de quimioterapia de Matheus. 
Eu sempre ficava muito nervosa quando Matheus tinha quimioterapia. E por isso, fiquei calada, para Luan não perceber meu nervosismo. 
Assim que chegamos, o médico de Matheus nos recebeu. Eu e o Luan observávamos cada detalhe da quimioterapia.
Luan, mesmo diante da situação, conseguia me transmitir paz.
-Ainda bem que você está ao meu lado.- sussurrei
-Eu sempre vou estar!